Tenho muitos textos pra colar aqui. Mas não consigo juntar as partes.
É que às vezes eu sinto um descolamento entre aquilo que eu escrevo e aquilo que eu sou.
Não sei quem sou, na verdade. Ninguém sabe (esse é meu consolo e minha esperança egoísta e fútil).
Às vezes, sinto um descolamento entre aquilo que eu sinto e a realidade a minha volta.
Tudo é uma ilusão, diriam os pessimistas.
Às vezes, sinto um descolamento entre eu e as outras pessoas.
Queria eu ser menos lúcida e me divertir nos meus castelos. A questão é - eu os construo, e eu sei que são feitos de areia. Sei?
Mas não posso deixar de construí-los. E não posso me divertir neles.
É que, de perto, quadros impressionistas se reduzem a borrões.
E você, você diz que eu não entendo nada de arte.
Às vezes eu sinto um descolamento entre todas as moléculas do meu corpo.
Às vezes eu só queria um pouco de (coca) cola.
7 comentários:
Talvez você não seja desse mundo.
Melhor, você pode 'beber" a terra e a plantinha dentro das canecas e fazer dela um vaso/copo literalmente ^^
São muitos Pedros, muitas Helenas, muitas Anas e muitas Paulas, e muitos deles se amam entre si, e muitos não sabem, e outros tantos saõ apenas indiferentes ^^
uau! achei esse seu texto meio... ñ sei bem, talvez possa dizer q é pensativo, ou ñ. não sei dizer direito.
ainda estou refletindo a respeito.
prefiro os dois anteriores. verdade.
mas gostei deste aqui tbm.
por hora, é isso.
coca-cola
descolamento do mundo, das pessoas de si mesmo. quem naum se descola de vez em qndo? acho q algumas pessoas nascem com mais cola. outras c/ menos. mas quem tem menos cola eh pode fazer castelos de areia, senao a areia gruda inteira na cola, e naum vira castelo nenhum. as vezes eh preciso naum ter cola, criar castelos, mesmo sem se divertir...
gostei, uso de diferente tipos deu um cárater mais interessante para o texto. Já pensou em cores?
É bom saber construir castelos de areia e é bom saber que eles são feitos de areia.
Eu prefiro chocolate. Pelo menos a gente come depois. E cola é legal pra gente passar na mão e tirar aos poucos. Estou enrolando para falar do seu texto propriamente dito, a verdade é que sinto esse deslocamento também. A questão, talvez, seja: pra que se situar sempre? Como diria Clarice Lispector: e também, perder-se também é caminho.
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